terça-feira, 22 de março de 2011



Ei Zé você comeu toda semente, tomou todas as nascentes
E preservou suas conquistas.
Ei Zé olha agora tudo se acabou a terra toda se areiou e você não percebeu
Que nada era seu.
Nada é seu!
Ei Zé tu salta, tu ri, e tu choras, decide o que faz agora, só não fique no mesmo lugar.

Só não fique no mesmo lugar,
 seu Zé!
Valmir Sant'anna

segunda-feira, 21 de março de 2011

O (que rose ne)cessita?


Quero Heróis
Arroz
Rosas
Prosas
Mas  o querosene
Espreme meus quereres
O (que rose ne)cessita?
De uma vida fóssil.


                                                                                           Valmir Sant’ana.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Vejo o que vi, o que será que verei?

Menino pequeno recebe presente de
Homem grande, que recebeu o passado de
Velhos cegos, que foram educados por
Açoites fortes, que foram ordenados pelos
Reis severos, que se proclamaram
Grandes proprietários de um
Pequeno mundo.

E eu ainda considero a esperança como minha concepção futura.

O mundo é o que se vê de onde se está.
valmir Santanna

Estrada tomada

                                                        
Segui um caminho instintivo,caminhei, andei e as vezes passava pelos mesmos lugares. A caminhada sempre mudava de objetivo, o objetivo sempre transformava a caminhada, e as vontades sempre ralentavam
  os meus trajetos e de vez em quando me vejo embriagados de vontades. Mas foi embriagado delas que percebi que o importante é tomar o caminho e não o caminho que se toma.
 valmir santanna

Vou Cantiar


 
Vivo me escondendo pelos cantos, me encanto e logo me desencanto com os meus rápidos devaneios embriagados de um pessimismo otimista.
[Impotente – ausência de coragem]
Entro em uma viajem rumo ao tártaro das minhas estranhas entranhas.
Olhar aqui de fora é estranho, porque não existe o lado de fora de si mesmo
Mas mesmo assim eu insisto
Mas mesmo assim eu me perco
Mas mesmo assim eu me escondo
Vou cantiar todos os cantos pra conseguir entender o meio, talvez seja um meio.

Corpo Pequeno

                                                                Corpo pequeno
 
Corro, corro, corro, mas sou sempre o ultimo a chegar, mas não o primeiro a chorar.
Giro, giro, giro sou o primeiro a cair, mas o mundo me ajuda e continua rodando.
To sempre seguindo em frente, mas minha frente tem 180º Graus.
Quando muito estudo
Sou vagabundo
Quando muito trabalho
Sinto-me burro
Quando trabalho e estudo
Sinto-me cansado
Acabaram as opções para um pobre coitado.
Não sou forte nem inteligente, mas tenho um “anos” como todos os seres hum“anos”
                                                                                                      Valmir Santanna

Carta Contra o mar

Uma forte onda de costumes alienados empurra a gente para dentro do mar, mas esse mar é calmo e até prazeroso, mas depois de um tempo você este tão acomodado que se sente alheio a terra. Então volta o seu olhar para praia e envergam tão poucos, e quando olha o horizonte marinho, enxerga tantos nadando impulsivamente rumo ao afogamento.
É como se o mar possuísse em suas entranhas um tipo de encantamento sedutor, é como se o mar pescasse a gente. Mas o que me faz voltar a terra?É enxergar que poucos que La estão depois de se salvarem, passam a eternidade tentando nos salvar.